sexta-feira, setembro 23, 2005

Teci durante a noite a teia astuciosa

Teci durante a noite a teia astuciosa
Dum poema.
Armei o laço ao sol que há-de nascer.
Rede frágil de versos,
É nela que o meu sono se futura
Eterno e natural,
Embalado na própria sepultura,
Vens ou não vens agora, astro real,
Doirar os fios desta baba impura?



Miguel Torga

1 comentário:

bieiteiro disse...

todos os comentários que apaguei eram pura publicidade, não eram verdadeiros comentários...
não faço tensões de censurar os comentários mas não quero publicidade neste blog