sexta-feira, julho 29, 2005

mão (quadro galego)

nunca uma mão verdadeira
se estendeu para a estrela
apontar, falar verdade
sem um cravo lhe nascer

erva ruim da madrugada
dor perdida por achada
se estendeu para a estrela
sem um cravo lhe nascer

nai do monte, nai a fonte
bico doce, mão na fronte
nem a jota, nem a eira
nem o mar, nem a muiñeira

faz calar esta vontade
no chão acho a verdade
a terra paga-me em vida
eu pago à terra morrendo

blandino

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