le partisan vem-se recolher na montanha o velho eremita às vezes passa lá décadas sem que se dê conta. depois volta novo o dia novo o olhar. traz os pés descalços e as mãos a esmagar cravos silvas. agora e nostalgia a criança traquina atravessa o rio mais difícil numa poça de merda passa, arrasa, move e mesmo assim semeia o amor espalha o amor orgias de canções chocalheiras. o ouro é o que de mais valor há para o homem a Igreja fez de nós seres pequenos, sujos e pecaminosos. saber
nada somos célula num todo mas muito maior do que nos convencem desde sempre. ser célula criativa capaz em juízo especulante da justiça amante espectador da cruel vida. as divindades as muralhas do edifício da religião não são mais do que todo o conteúdo dos rituais pagãos mais diversificados, a que o clero deu uma interpretação objectiva concedendo-lhes atributos institucionalizados. o sorriso nasceu do prazer viver é celebração adoração e tesão para dar e estimular. o Governo adverte que o amor prejudica a Sociedade. Le Partisan adverte há uma flor a rolar pela colina fugindo no vento de quem a arrancou da terra Teresa Torga dançava na rua nua ora moral ora amoral independência espiritual. ele é atraído para doces quedas no inferno deslumbrado e enganado, mas sempre fascinado. atiça a raiva no burguês filisteu e, através da raiva, indu-lo a um despertar envergonhado. Le Partisan tem boca e tem cu. e tudo num sofá mofento, preguiçoso toda a estória ilógica fantasiar a vida é penar pela realidade vivê-la é bem mais simples quando da nossa boca sai mais do que “MÉÉ” viver aos pulinhos, aos bocadinhos, coitadinhos já caminhei na sombra de fazer algo mais as palavras enganadas, trocadas de ironias disfarçadas.
blandino com uma mãozinha da Ana U.
sexta-feira, julho 29, 2005
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1 comentário:
e nunca poderiam transmitir alegria se não conhecessem realmente a tristeza.
giro é abusar da tristeza
eheh
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